À exceção dos mestrados integrados, todos os outros cursos registaram um aumento de casos de alunos que abandonaram os estudos durante o primeiro ano.
Esta é uma das informações que está disponível a partir de hoje no portal Infocursos, (http://infocursos.pt/), que disponibiliza dados e estatísticas sobre cursos superiores.
No ano letivo de 2020/2021, quase um em cada quatro estudantes (24,4%) que tinham ingressado num curso técnico superior profissional (CTeSP) já não se encontrava no sistema de ensino superior nacional um ano após ter iniciado o curso. No ano anterior, a percentagem era de 18,7%, ou seja, 5,7 pontos percentuais abaixo.
Entre as licenciaturas, a percentagem dos que saíram do sistema durante o primeiro ano foi de 10,8%, quando no ano anterior tinha sido de 9,1%.
Nos mestrados de 2.º ciclo a percentagem de desistência aumentou 0,2 pontos percentuais, atingindo os 16,2% no passado ano letivo.
Apenas os mestrados integrados mantiveram a taxa de abandono (3,7%) nos dois últimos anos em análise.
Numa análise feita pela Lusa aos dados da DGEEC, destacam-se onze cursos de mestrado de 2ª grau e um curso técnico superior profissional (CTeSP) em que todos os alunos acabaram por abandonar os estudos um ano após terem ingressado.
Os dados mostram ainda que todos estes cursos tinham muito poucos alunos inscritos.
Entre os dez cursos de mestrado em causa estão o de Arquitetura, Paisagem e Arqueologia, da Universidade de Coimbra (UC), Materiais Avançados e Reciclagem Inovadora, da Universidade Nova de Lisboa, Direito e Prática Jurídica Europeia, da Universidade de Lisboa, assim como os cursos de Ciências da Educação – Educação Especial e de Ciências da Educação – Administração e Organização escolar, ambos da Universidade Católica Portuguesa.
Os dados da DGEEC estão disponíveis no ‘site’ do Infocursos, que contém dados sobre todos os CTeSP, licenciaturas, mestrados integrados e mestrados 2.º ciclo do país. Trata-se de informações sobre “4022 pares estabelecimento/curso ministrados em 279 estabelecimentos/unidades orgânicas de ensino superior”.
A data de referência das estatísticas apresentadas é o ano letivo 2020/21, mas os dados permitem perceber a evolução desde 2015, revelando que no ano letivo de 20/21 se manteve estabilidade no sistema de ensino superior.