"Não [condiciona] porque estamos a vacinar. Temos a Pfizer e, na segunda-feira, será a abertura do 3º ciclo com todos os professores vacinados e, na próxima semana, vamos concluir os 20 mil testes aos alunos", disse o governante.
Miguel Albuquerque falava à margem da visita que efetuou hoje ao Hospital Particular da Madeira, unidade de saúde do Grupo HPA Saúde.
O líder do executivo madeirense disse ainda que os professores que se recusaram a receber a AstraZeneca, devido à polémica criada em torno dessa vacina, poderão ser vacinadas Pfizer.
"Houve um conjunto residual de professores que, por razões de doença ou outras completamente justificadas, não foi administrada a vacina. E houve um grupo, também pequeno, que, na sua liberdade de decisão e que nós temos que respeitar, recusaram. Nós aceitamos, depois vamos integrá-los e tudo vai correr bem, não há nenhum drama sobre isso", concluiu.
Por seu lado, o secretário regional da Saúde e da Proteção Civil, Pedro Ramos, adiantou que a região vai continuar com o seu Plano de Vacinação e que, em junho, receberá 40 mil vacinas da Johnson & Johnson.
"Das 54 mil vacinas já administradas tivemos apenas 1,9% de recusas", adiantou.
A autoridade de saúde da Madeira decidiu na quinta-feira, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde, que a vacina da AstraZeneca só será administrada na região "a pessoas com mais de 60 anos".
"A Direção Regional de Saúde informa que a vacinação contra a covid-19 na Região Autónoma da Madeira irá implementar as recomendações emanadas, no dia de hoje [quinta-feira], pela Direção-Geral da Saúde, ‘task-force’ da vacinação contra a covid-19 e Autoridade Nacional do Medicamento [INFARMED]", lê-se numa nota.
Na nota, a autoridade de saúde da Madeira refere ainda que essa decisão "não terá impacto no programa de vacinação contra a covid-19 agendado para os próximos dias".
As autoridades de saúde portuguesas recomendaram na quinta-feira a administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 em pessoas acima dos 60 anos de idade, seguindo a decisão de mais de uma dezena de países, que introduziram também restrições etárias.
C/Lusa