"O atual sistema de rega do campo é antigo e consome demasiada água, mas, para não prejudicar os agricultores, o governo tem vindo a dar prioridade ao regadio agrícola em detrimento da rega do campo de golfe", disse a governante.
Em causa está o facto de o executivo da Madeira ir pagar 1,6 milhões de euros por não ter cumprido com a obrigação contratual de assegurar "o caudal de água necessário" para o normal funcionamento do campo de golfe do Santo da Serra, numa resolução publicada no Jornal Oficial na terça-feira.
Perante esta incapacidade no cumprimento das obrigações contratuais, o executivo regional "viu-se na contingência de encomendar um projeto de rega adaptado às possibilidades de fornecimento de água, que obriga à assunção de novos encargos e à necessidade de encerrar o campo por fases, implicando uma perda de receita", lê-se no suplemento.
Contudo, o clube imputou ao Governo Regional "uma pretensão ressarcitória diretamente imputável ao incumprimento da obrigação contratual de disponibilização de água".
Para evitar que o caso chegue aos tribunais, os envolvidos "entabularam negociações tendentes à resolução extrajudicial do litígio, através de um Acordo de Transação".
O governo madeirense alega que, "na qualidade de proprietário do campo de golfe do Santo da Serra, o qual se encontra concessionado ao clube de golfe", vai investir o valor "num novo sistema de rega mais eficiente e que vai permitir regá-lo, gastando menos água".
Suana Prada diz ainda que dadas as alterações climáticas, a medida do governo corresponde à preocupação do executivo com o futuro.
"Sabendo nós que a precipitação está a diminuir e a temperatura a aumentar, as disponibilidades hídricas serão cada vez menores pelo que há que investir em sistemas mais eficientes, ou seja, que permitam regar com menos água a mesma área e é isso que o governo está a fazer", afirmou.