O INSA adianta, em comunicado, que a prevalência de anticorpos específicos contra o vírus SARS-CoV-2, que provoca a Covid-19, na população residente em Portugal, com idades entre 01 e 80 anos, foi de 15,5%, sendo 13,5% conferida por infeção.
Segundo o estudo, foi nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Alentejo foram aquelas onde se observou uma maior seroprevalência.
Relativamente às idades, o estudo indica que a “seroprevalência mais elevada foi encontrada na população adulta em idade ativa” e “mais baixa no grupo entre os 70 e os 79 anos”.
Os resultados preliminares da segunda fase do ISN COVID-19 revelam ainda que a seroprevalência estimada para os grupos etários abaixo dos 20 anos não é inferior à da população adulta.
No grupo de indivíduos vacinados contra a Covid-19, a proporção de pessoas com anticorpos específicos contra o vírus foi de 74,9%, valor que aumentou para 98,5% quando consideradas apenas as pessoas vacinadas com duas doses há pelo menos sete dias.
O INSA ressalva que “estas estimativas devem ser interpretadas com cautela, dado o reduzido número de pessoas vacinadas no ISN COVID-19”, mas sublinha que “corroboram o efeito esperado de aumento da imunidade populacional contra SARS-CoV-2 à medida que o programa de vacinação for sendo implementado”.
A vacinação é considerada o principal instrumento para o país alcançar a imunidade de grupo, um objetivo que, segundo o Governo, será atingido no final do verão, quando 70% da população adulta estiver vacinada contra a Covid-19.
Segundo os últimos dados das autoridades de saúde, já foram vacinadas em Portugal 2.900.151 pessoas, das quais 786.452 já com as duas doses.
A segunda fase do ISN COVID-19 deu continuidade ao primeiro inquérito serológico realizado entre maio e julho de 2020, em que foi estimada uma seroprevalência global de 2,9% de infeção pelo novo coronavírus na população residente em Portugal, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre regiões e grupos etários
O estudo foi desenvolvido e coordenado pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do INSA, em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 33 Unidades do Serviço Nacional de Saúde.
O relatório de apresentação dos resultados da segunda fase do ISN COVID-19 será publicado, no ‘site’ do INSA, durante a primeira quinzena de maio.