"Em termos regionais, temos indicadores que são muito maus em termos de desemprego e de desenvolvimento, embora haja uma tendência para melhorar", afirmou o presidente da delegação regional da UGT, Ricardo Freitas, durante um almoço no Mercado dos Lavradores que reuniu cerca de 260 sindicalistas.
O representante da CGTP, Adolfo Freitas, vincou que, apesar do "clima de paz e liberdade" que se vive na Madeira, há ainda da parte dos trabalhadores "medo de vir para a rua reclamar os seus direitos".
"Aqueles que cá estão representam centenas de milhares de trabalhadores e a voz dos trabalhadores é aquela que se faz sentir hoje na rua", afirmou, durante uma arruada na baixa da capital madeirense, em que participaram cerca de duas centenas de pessoas.
As duas centrais sindicais são unânimes na defesa do aumento dos salários dos trabalhadores e do reforço do combate à precariedade laboral, entre outras reivindicações.
Ricardo Freitas, da UGT, especificou que na região autónoma há "falta de investimento e muitas áreas brancas" ao nível da contratação coletiva, considerando que a solução passa por envolver os empresários, o governo e os trabalhadores na procura de "melhores caminhos".
Da parte da CGTP, Adolfo Freitas sublinhou revindicações como a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais, o combate à lei que define um período de experiência de 180 dias para jovens desempregados e para trabalhadores desempregados há mais de um ano e a não aplicação do banco de horas grupal de 150 horas anuais.
"Estas medidas do Governo reduzem ainda mais os direitos dos trabalhadores, causando prejuízo e aumentando os ritmos de trabalho", afirmou.
A UGT representa 17 sindicatos na Região Autónoma da Madeira, ao passo que a CGTP conta com mais de 20 filiados.
C/ LUSA