Francisco congratulou-se por ter sido capaz de fazer “como um Papa idoso” o que gostaria de ter feito como um jovem jesuíta, depois de visitar a Indonésia, a Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura.
Realizada entre 02 e 13 de setembro, a 45.ª viagem apostólica de Francisco foi a mais longa do seu pontificado.
“Uma primeira reflexão que surge espontaneamente após esta viagem é que, ao pensarmos na Igreja, ainda somos demasiado eurocêntricos ou, como se diz, ocidentais”, afirmou durante uma audiência geral na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
Francisco, natural da Argentina, considerou que a Igreja Católica, a que preside, “é muito maior do que Roma, muito maior do que a Europa”.
“E, se me permitem, muito mais viva. Experimentei-o com emoção quando me encontrei com estas comunidades” na Ásia e Oceânia, acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.
O Papa contou que na Indonésia visitou o túnel que liga a catedral de Jacarta à maior mesquita do Sudeste Asiático.
“Ali, vi que a fraternidade é o futuro, é a resposta à anti-civilidade, às tramas diabólicas do ódio e da guerra”, comentou.
Francisco disse que missionários e catequistas continuam a ser protagonistas na Papua Nova Guiné e que se se comoveu ao ouvir os cânticos dos jovens do país situado a mais de 13.800 quilómetros de Roma.
“Neles [os jovens] vi um futuro novo, sem violência tribal, sem dependência, sem colonialismo económico ou ideológico”, disse em relação à segunda etapa da viagem de 12 dias.
Sobre Timor-Leste, onde reuniu 600.000 pessoas, metade da população do país, numa missa nos arredores de Díli, disse tratar-se de “um povo que não só gera muitas crianças, como as ensina a sorrir”.
“E isso é uma garantia para o futuro”, afirmou, acrescentando que em Timor-Leste se respira “um ar de primavera”
Na Singapura financeira, o Papa sublinhou que a minoria católica “é uma esperança maior do que os benefícios económicos podem garantir”.
Em 26 de setembro, Francisco embarcará numa nova viagem de quatro dias à Bélgica e ao Luxemburgo.
Lusa