Estas posições foram trocadas entre André Ventura e Luís Montenegro no debate quinzenal no parlamento, numa altura em que o chefe do executivo já não dispunha de tempo para responder aos avisos que o presidente do Chega tinha feito sobre a responsabilidade de uma crise política em Portugal, na sequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2025.
“Olhos nos olhos quero dizer-lhe que, se o país for arrastado para uma crise política desnecessária, há dois responsáveis neste parlamento, o primeiro-ministro e Pedro Nuno Santos”, declarou André Ventura.
O líder do Chega ironizou que Luís Montenegro e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, andam agora preocupados com o consenso.
“O Chega não teve essa preocupação agora, mas logo no dia 10 de março a seguir às eleições. Dissemos que o país precisava de uma grande maioria política, precisava de estabilidade e o primeiro-ministro não quis. Quando chegou ao momento, preferiu negociar com o PS do que ter um Orçamento mobilizador e verdadeiramente transformador do país”, sustentou.
Sem tempo para responder, o primeiro-ministro sugeriu que o líder do Chega já teve várias posições em matéria de Orçamento.
“Tenho manifestamente muito pouco tempo para poder elencar todas as posições que o Chega teve desde o primeiro dia em que se começou a falar de Orçamento até ao dia de hoje. Mas eu prometo que em outra resposta vou falar delas”, disse.
Lusa