Os dados são do mais recente relatório da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) e do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI).
Apesar do avanço, o crescimento anual foi modesto, com apenas 70 megawatts (MW) adicionados, metade dos quais resultantes de ‘repowering’ — a substituição de equipamentos antigos por novos. Números que refletem um ritmo de expansão aquém do necessário para atingir os objetivos traçados no PNEC, que aponta para 10,4 GW de potência eólica ‘onshore’, através dos aerogeradores instalados em terra, até ao final de 2030.
Outro eixo estratégico é a eólica ‘offshore’, produzida em alto-mar, que continua em fase preparatória.
A região dos Açores surge também como prioridade estratégica, com novos projetos em desenvolvimento. “É fundamental garantir a descarbonização em todo o território, mesmo nas ilhas, onde a complementaridade entre hídrica, solar, geotermia e eólica pode garantir mais de 85% de eletricidade renovável”, afirmou.
O relatório evidencia também que Portugal está a perder terreno face a outros países, como Alemanha, Espanha, França ou Reino Unido. A taxa de crescimento da capacidade eólica instalada caiu face a 2023. Ainda assim, Portugal mantém uma posição de destaque na integração de renováveis na produção elétrica: é o quarto país europeu com maior incorporação de fontes renováveis, superando os 85% em 2024.