O compromisso foi divulgado em um comunicado conjunto emitido após a cimeira UE-EUA que hoje juntou, em Bruxelas, o Presidente norte-americano, Joe Biden, e os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão, Ursula von der Leyen, em que foi feita uma menção especial à situação na Venezuela.
“Comprometemo-nos em reforçar a nossa cooperação com os países da América Latina e das Caraíbas, para apoiar a recuperação socioeconómica, abordar a vulnerabilidade económica e promover uma governança democrática mais sólida, incluindo o apoio a um resultado negociado que conduza a eleições livres e justas na Venezuela”, segundo a declaração conjunta.
O compromisso da posição da UE e dos EUA tem lugar depois de a oposição venezuelana e o Governo do Presidente Nicolás Maduro terem anunciado publicamente estarem na disposição de negociar uma saída à crise política, económica e social no país.
A oposição venezuelana insiste que as eventuais negociações passam por “eleições livres, justas e democráticas” na Venezuela, com o levantamento progressivo das sanções internacionais contra Caracas.
Por outro lado, o Presidente Nicolás Maduro, exigiu, há dias que para iniciar quaisquer negociações tem de haver o levantamento “das sanções e de todas as medidas coercitivas unilaterais” contra a Venezuela, que diz serem impostas por “países imperiais de Ocidente e do Norte (EUA)”.
A Venezuela prevê realizar eleições regionais e municipais em 21 novembro próximo.
A União Europeia e os Estados Unidos não reconhecem o resultado das eleições legislativas realizadas em dezembro de 2020 na Venezuela, nas quais não participou a oposição aliada do líder político opositor Juan Guaidó.
Nessas eleições, além das forças que apoiam o regime, participaram vários políticos que dizem ser opositores, mas que não estão com Juan Guaidó, e que fazem parte de partidos que foram alvo de medidas de intervenção administrativa ordenada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino do país, até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas no país.