Em declarações à imprensa, Boric notou que a prova dessa situação é a relutância que Maduro tem demonstrado para mostrar os registos eleitorais, insistindo que o Chile “não reconhece o triunfo autoproclamado de Maduro”.
“Também não confiamos na independência ou imparcialidade das atuais instituições na Venezuela, por isso propusemos como país que validaremos os resultados que foram verificados por organizações internacionais independentes do regime”, acrescentou.
A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.
A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.
Milhares de venezuelanos têm contestado os resultados oficiais nas ruas, em manifestações reprimidas com violência pela polícia, que já deteve mais de 2.200 pessoas.
Lusa