Apesar de ter sido a própria instância da Justiça Eleitoral brasileira a convidar a UE, hoje, em comunicado o TSE anunciou que “em conversas preliminares com representantes da União Europeia, o TSE constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral, que inclui a visita de dezenas de técnicos e trata de diversos temas relacionados ao sistema eleitoral”.
Ainda assim, ressalvou que “nos próximos meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da UE no período eleitoral”.
Há cerca de três semanas, o Governo brasileiro emitiu uma nota mostrando pouco interesse no facto de a União Europeia poder ser observadora nas próximas eleições presidenciais do país, em outubro.
“No que toca a eventual convite para missão da União Europeia, o Ministério das Relações Exteriores recorda não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte”, indicou o ministério brasileiro, em comunicado.
Esta resposta do Governo brasileiro surge depois de o TSE do Brasil ter anunciado que, pela primeira vez na história, convidou representantes da União Europeia para observar as próximas eleições do país.
O TSE confirmou, numa nota oficial, que para as eleições de outubro haverá missões de observação da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Parlamento do Mercosul e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.
O representante da justiça eleitoral brasileira também informou que o país enviará um representante para compor a missão de observação eleitoral da CPLP que irá acompanhar as eleições gerais em Angola, em agosto de 2022.
Lusa