“Estamos nas etapas finais de discussão e vamos ver, [caso contrário a guerra] vai prolongar-se por muito tempo e milhões de mais pessoas vão morrer”, afirmou Trump, ao lado do seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, antes de entrarem para uma reunião na residência privada de férias de Trump, em Mar-a-Lago, no estado norte-americano da Florida.
Questionado pelos jornalistas sobre se acreditava que o Presidente russo, Vladimir Putin, estava empenhado na paz, na sequência dos recentes bombardeamentos sobre Kiev, Trump disse pensar que Moscovo queria a paz e afirmou que também a Ucrânia tem atacado a Rússia.
Trump assegurou que a Ucrânia beneficiará de garantias de segurança fortes caso seja alcançado um plano de paz para pôr termo à guerra desencadeada há quase quatro anos pela invasão do país pelas tropas russas.
“Haverá garantias de segurança. Serão robustas. E os países europeus estão muito envolvidos”, asseverou o Presidente norte-americano ao receber o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o plano.
“Não tenho um prazo. Sabe qual é o meu prazo? Acabar com a guerra”, acrescentou.
Horas antes, o Presidente norte-americano e o homólogo russo falaram ao telefone sobre as negociações de paz para a Ucrânia.
“Acabo de ter uma conversa boa e muito produtiva com o Presidente Putin antes do início da reunião com o Presidente Zelensky”, anunciou o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na rede social Truth Social, de que é proprietário.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou a conversa telefónica entre Trump e o Presidente russo, Vladimir Putin, a primeira desde 16 de outubro.
Além do acordo de paz para a Ucrânia, a situação no Médio Oriente foi também tema de conversa, disse Peskov, sem dar mais detalhes.
No encontro com o homólogo norte-americano, Zelensky procura a aprovação de Donald Trump para uma nova versão do plano de paz para a Ucrânia, apresentado por Washington há quase um mês.
O Presidente ucraniano apresentou esta semana a nova versão do documento, reformulada após duras negociações exigidas por Kiev, que considerou a primeira versão muito próxima das exigências russas.
O novo documento abandona duas exigências fundamentais do Kremlin: a retirada das tropas ucranianas da região de Donetsk e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não aderir à NATO.
Trump e Putin concordaram falar novamente ao telefone após o encontro entre o Presidente norte-americano e Zelensky, adiantou o conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov.
Lusa