O Grupo de Lima, como ficou conhecido após a sua formação na capital do Perú, em 2008, é atualmente constituído pelos governos da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, os 13 países condenam a "detenção arbitrária" de Juan Guaidó, efetuada pelos serviços secretos de informação da Venezuela. O deputado foi detido durante cerca de uma hora, tendo posteriormente sido libertado.
"[Os Governos] Expressam a sua mais forte rejeição a qualquer ação que afete a integridade física dos membros da Assembleia Nacional da Venezuela, as suas famílias e colaboradores, e a qualquer pressão ou coerção que impeçam o exercício pleno e normal das suas competências como órgão constitucional e legitimamente eleito na Venezuela", lê-se no comunicado.
O presidente da Assembleia Nacional esteve hoje cerca de uma hora detido pelos serviços secretos de informações, quando estava a caminho de uma reunião fora de Caracas, anunciou a sua mulher.
"Agradeço todas as reações imediatas de apoio face a esta violação cometida pela ditadura dos direitos do meu marido. Já estou com ele e vamos à reunião pública", escreveu Fabiana Rosales na sua conta no Twitter.
Guaidó era aguardado numa reunião a cerca de 40 quilómetros da capital venezuelana.
Entretanto, o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, anunciou a destituição dos agentes dos serviços secretos que detiveram o presidente do parlamento.
"Queremos informar todo o povo da Venezuela que estes funcionários estão neste momento sendo destituídos e submetidos a um procedimento disciplinar mais estrito", disse o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, que considerou a prisão do político um "procedimento irregular".
Em declarações aos jornalistas, Jorge Rodríguez explicou que estes "funcionários atuaram de maneira irregular", considero que se sujeitaram a "um show", utilizado pela oposição para atacar o governo de Nicolás Maduro.
LUSA