Em causa está a recusa da Secretaria Regional em reunir-se com os representantes dos TSDT. Para o STSS – Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica todas as formas de luta estão em cima da mesa, embora continue a apelar para que o bom senso impere junto dos responsáveis políticos da Região.
O plenário terá lugar no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, entre as 13 e as 16 horas onde vão decidir se encetam um processo de luta pela defesa dos direitos destes profissionais de saúde.
Segundo Roberto Silva, responsável regional desta estrutura sindical, “é completamente incompreensível o rompimento do processo de negociação política que estava a ser realizado entre a Secretaria Regional da Saúde e os representantes dos TSDT”. Em cima da mesa estão questões como a revisão da carreira destes Técnicos Superiores, a atribuição de pontos ou a atribuição de subsídio de risco.
Para Roberto Silva “são diversas as matérias a serem negociadas, sendo que algumas resultam de compromissos políticos assumidos pelo Governo Regional e que compete à Secretaria Regional da Saúde a negociação, outras resultam da resposta ao processo pandémico e outras ainda de diversas situações que têm sido atempadamente reportadas ao Secretário Regional”.
Para o STSS a ausência de resposta por parte do Governo Regional é uma surpresa. “Na verdade, com maior ou menor dificuldade tem havido sempre diálogo com esta Secretaria Regional.
Ultimamente, constatamos que a Secretaria Regional não quer prosseguir neste caminho, uma vez que estamos a pedir agendamento de uma reunião desde o início do verão e não tem havido disponibilidade por parte do Secretário Regional, que tem oferecido como alternativa o diálogo com o SESARAM, EPERAM” lamenta Roberto Silva, reforçando, “estamos sempre disponíveis para reunir com o SESARAM, EPERAM em matérias que o SESARAM tem responsabilidade, mas existem um conjunto de compromissos políticos do Governo Regional que tem de ser negociados pelo próprio Governo Regional.”
Quando questionado sobre a possibilidade de haver recurso à greve por parte destes profissionais de saúde, Roberto Silva refere que “todas as formas de luta estão em cima da mesa. Ouviremos os colegas e teremos uma postura responsável neste processo. Esperamos da parte dos decisores políticos uma postura semelhante. Se assim for estarão criadas as condições para voltarmos ao caminho normal que deve existir entre parceiros sociais e manter a paz social que tem sido garantida ao longo dos últimos anos”.
Recorde-se que, atualmente, existem cerca de quatro centenas de TSDT dependentes da Secretaria Regional da Saúde em áreas como a Saúde Ambiental, as Análises Clínicas, a Radiologia, a Fisioterapia entre outras 15 profissões nas áreas do Diagnóstico e Terapêutica.