“Estamos em diálogo com as três companhias áreas [Lufthansa, Air France-KLM e IAG] que mostraram interesse na privatização da companhia, este é um diálogo preliminar, estamos a analisar a pretensão de cada uma destas companhias”, adiantou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em conferência de imprensa, em Lisboa, após a entrega no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O governante foi questionado sobre a privatização da TAP, uma vez que a companhia aérea não é referida na proposta orçamental para o próximo ano.
O ministro das Finanças disse não poder comprometer-se com qualquer data para a conclusão do processo de privatização.
Miranda Sarmento reiterou que o Governo tem dois objetivos para a venda da companhia de bandeira, que são a manutenção do ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos) de Lisboa e o desenvolvimento da TAP em termos de rotas, e o segundo é tentar recuperar a médio ou longo prazo parte do dinheiro que o Estado injetou na recuperação da companhia aérea.
A primeira votação da proposta orçamental, na generalidade, está agendada para 31 de outubro.
Segue-se o chamado debate na especialidade, nas comissões parlamentares, onde os ministros vão apresentar o orçamento das suas áreas, e o processo termina com a votação final global, em 29 de novembro.
Com a atual composição do parlamento, onde PSD e CDS não têm maioria absoluta, o OE2025 pode ser aprovado, à esquerda, com a abstenção do PS ou, à direita, com os votos dos 50 deputados do Chega. Luís Montenegro não deu sinais, até agora, de um entendimento à direita.
Lusa