O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, considerou hoje "manifestamente insuficientes" os serviços mínimos de transporte aéreo durante a greve de três dias das empresas de handling e serviços de assistência nos aeroportos nacionais.
Em comunicado, a Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura adianta que "reiterou, esta manhã, a sua posição junto do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, da Secretaria de Estado das Infraestruturas, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos – SITAVA e do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto – STTAMP, relativamente à greve prevista, a partir de amanhã e nos próximos três dias, nas ligações aéreas de e para a Região".
O Secretário Regional "insiste e alerta para o encontro de uma solução que, efetivamente, impeça a sua concretização, a bem do interesse comum e da imagem da Região e de um país que precisa, mais do que nunca, de impulsionar e incrementar a sua economia".
O secretário regional sublinha que a greve "deixa antever graves prejuízos sociais e económicos, numa altura em que a ilha é fortemente procurada pelos seus visitantes e em que muitos madeirenses iniciam as suas férias no exterior, tendo por base, precisamente, estas ligações ora limitadas".
Admitindo a consagração dos serviços mínimos, Eduardo Jesus reitera que "esta decisão foi manifestamente insuficiente para fazer face à procura, comparativamente ao que seria o movimento regular de voos e passageiros, no Aeroporto da Madeira, durante este período".
Em causa está "a garantia da realização de seis voos diários para o Aeroporto da Madeira dos 40 que estavam programados, sendo que existe o compromisso de um voo diário para o Porto Santo, uma oferta que é claramente exígua face às reais necessidades desta Região, nas datas a que se refere esta paralisação".
O secretário regional conclui, lamentando que, mais uma vez, "a Madeira esteja a ser prejudicada no seu bom nome, enquanto destino turístico, e na sua acessibilidade ao exterior".
A 2 de junho, o SITAVA anunciou um pré-aviso de greve para 1, 2 e 3 de julho contra a precariedade dos trabalhadores dos serviços de assistências nos aeroportos (‘handling’) e acusou o Governo de inação.
Quanto aos motivos específicos da greve, o sindicato disse, na altura, ser imperativo que o executivo liderado por António Costa intervenha no setor para impedir a operação da empresa Groundlink, que presta serviços de ‘handling’ para a Ryanair, uma vez que essa atua de forma "fraudulenta" e não cumpre os direitos dos trabalhadores, que operam em condições abaixo das praticadas nas outras empresas do setor.