“As pessoas perceberam, com aquilo que aconteceu durante a pandemia, que os autarcas são insubstituíveis. Agora, com a crise económica e social, quem é que vai ter a responsabilidade de gastar boa parte do dinheiro do Orçamento do Estado, o dinheiro dos fundos europeus, os autarcas”, comentou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe do Estado falava aos jornalistas depois de ter votado em Molares, Celorico de Basto, no distrito de Braga, onde tem raízes familiares.
“É um voto decisivo. Nos fundos europeus, a parte mais significativa vai ser gasta durante os quatro anos pelos autarcas que são escolhidos hoje”, reforçou.
Por isso, para o Presidente da República, “não votar nestas eleições é uma coisa difícil de entender”.
Passavam cerca de 15 minutos da uma da tarde quando Marcelo Rebelo de Sousa, que conduzia o seu carro, foi recebido à entrada da sede da junta de freguesia pelo presidente da Câmara, Joaquim Mota e Silva.
Aos jornalistas, após exercer o seu direito de voto, o chefe do Estado recordou que fez, no sábado, um “apelo ao voto”, considerando “uma evidência” que a “grande lição da pandemia foi que, quando foi preciso resolver o problema das pessoas”, foram a câmaras municipais que “apareceram em primeiro lugar”.
Insistindo no discurso contra a abstenção, acrescentou: “Até nas Presidenciais subiu um bocadinho a taxa de participação e era o pico da pandemia no final de janeiro. Agora, que estamos numa fase completamente diferente, já não há o receio, já não há o temor, o tempo está muito melhor, as pessoas perderem a ocasião de escolherem aqueles que vão estar perto delas, como estiveram na pandemia, vão estar na recuperação económica e social, é uma coisa que não faz sentido”, declarou.