Douradas, dourados, bolachas, massas e farinhas fizeram a manhã do segundo dia do Roteiro para uma Economia Dinâmica, com o Presidente da República a lançar uma ideia para a redução do desequilíbrio das contas externas.
"Portugal precisa de aumentar substancialmente a produção de peixe em aquicultura para reduzir as importações, como terceiro consumidor de peixe do mundo se não aumentamos a produção em aquicultura o desequilíbrio das contas externas vai ainda agravar-se", comentava o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, a bordo da fragata Bartolomeu Dias, que o levou esta manhã até junto da unidade de aquicultura da empresa IlhaPeixe, na zona da Baía d’Abra, no Caniçal, na ilha da Madeira.
Por isso, continuou, se Portugal conseguir aumentar substancialmente as "quintas de peixes" – "ou como dizem os ingleses, as ‘fish farm’" – conseguirá "ter um ganho nas contas externas, muito, muito significativo".
Numa manhã em que a política ficou de fora das conversas – pelo menos daquelas que os jornalistas ouviram – o centro da atenção do Presidente da República esteve nas empresas que visitou no âmbito da 7.ª jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, que termina ao final da tarde no Funchal.
Primeiro, Cavaco Silva ‘dedicou-se’ às douradas e dourados, ouvindo atentamente as explicações de Elvio Pontes, responsável da IlhaPeixe, empresa que produz anualmente entre 500 a 600 toneladas ano de douradas e está neste momento a fazer experiências ao nível da produção de dourados.
E, entre conversas de douradas e dourados, o chefe de Estado aproveitou para mostrar que tinha ‘estudado a lição’: "o dourado não é o macho da dourada, há uma confusão, as pessoas são levadas a pensar que o dourado é o macho da dourada, enquanto a dourada pode atingir um quilo, o dourado facilmente atinge dez a vinte quilos", disse.
"É um peixe de topo", acrescentou Elvio Pontes, explicando que é muito utilizado para sushi e sashimi.
Já em ‘terra firme’ o Presidente da República passou pelo Centro Internacional de Negócios da Madeira, no Caniçal, onde visitou a empresa Insular.
Aí, o Presidente da República ficou a conhecer a farinha da batata-doce, a massa de grainha de uva e aproveitou para provar uma das ‘especialidades’ da Insular: as bolachas.
Depois deste ‘aperitivo’, Cavaco Silva rumou até Palácio de São Lourenço, no Funchal, onde almoçou com o representante da República para a Região Autónoma da Madeira.