Pedro Nuno Santos respondia na terceira ronda – numa audição parlamentar conjunta do Orçamento e Finanças e da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) – ao deputado do PSD Paulo Neves.
Numa audição que dura há quase seis horas, o governante foi instado a comentar a questão das tarifas da TAP para a Madeira.
"Agora é a minha vez de responder", afirmou o ministro, por mais do que uma vez, perante a bancada do PSD, quando apontava que o governo liderado por Pedro Passos Coelho pretendia privatizar totalmente a transportadora aérea portuguesa.
"Se hoje o Estado não estivesse na TAP, eu tinha dúvidas se a TAP ainda cá estava", declarou Pedro Nuno Santos, salientando que o Estado tem "voz na definição estratégica da empresa", mas não na gestão.
O ministro salientou que "se a empresa fosse privada como o PSD queria, levavam com os preços que eles quisessem".
"Só hoje estamos aqui a falar da TAP porque fizemos uma reversão", apontou o governante, gerando contestação da bancada social-democrata.
"Não tenha dúvidas que se o Estado não estivesse na TAP, a preocupação com o custo dos bilhetes da Madeira" não teria lugar no parlamento, já que a empresa seria totalmente privada, prosseguiu Pedro Nuno Santos, rematando: "Comia os preços e calava".
C/ LUSA