O maior exercício da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) agendado para este ano, o Cold Response 2022, reunirá cerca de 30.000 militares de 27 países que, de meados de março até ao início de abril, treinarão em terra, no mar e no ar para o envio de tropas destinadas a socorrer um país da Aliança Atlântica atacado.
Como de costume, os países da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), incluindo a Rússia, foram convidados a enviar observadores para acompanhar este exercício planeado com muita antecedência, muito antes da ofensiva militar russa iniciada a 24 de fevereiro na Ucrânia.
“A Rússia agradeceu a proposta para enviar observadores durante o Cold Response 2022, mas declinou-a”, disse um porta-voz do exército norueguês, Preben Aursand, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Desconhecem-se as razões da rejeição do convite.
Tropas estrangeiras encontram-se já há várias semanas, algumas há vários meses, em solo norueguês e é esperada a chegada de outras nos próximos dias.
O número de tropas anunciado ainda não parou de sofrer alterações: inicialmente, apontava-se para mais de 40.000 soldados; agora, estima-se que ronde os 30.000.
“Alguns países optaram por dispor das suas tropas de outra maneira”, declarou Aursand, sem fornecer mais pormenores.
Além dos Estados-membros da NATO, a Finlândia e a Suécia, dois países oficialmente não-alinhados, mas onde o debate sobre a adesão foi relançado pela invasão russa da Ucrânia, enviarão também um contingente.
Os Estados Unidos e o Reino Unido enviarão nomeadamente um grupo aeronaval cada um.
França será representada de duas formas: com um destacamento nacional embarcado no porta-helicópteros anfíbio (PHA) Dixmude e pela Força Operacional Conjunta de elevado nível de prontidão (VJTF) da Aliança Atlântica, que dirige desde 01 de janeiro pelo período de um ano.