O Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou hoje Nicolás Maduro pela sua reeleição como chefe de Estado da Venezuela após as eleições de domingo, que já foram contestadas pela oposição do país.
Putin declarou ainda estar pronto para continuar o “trabalho construtivo conjunto” em questões relacionadas com as relações bilaterais e a agenda internacional, num telegrama dirigido a Maduro, anunciou o serviço de imprensa da Presidência russa.
“Lembre-se que será sempre bem-vindo em solo russo”, sublinhou o Presidente russo.
A Rússia e a Venezuela mantêm laços estreitos. Maduro, que descreve Putin como o seu “irmão mais velho”, garantiu que a reeleição do chefe de Estado russo, em março deste ano, foi “um bom presságio para o mundo”.
Nicolás Maduro obteve 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%), de acordo com os números oficiais anunciados pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso.
Os resultados foram anunciados depois de contados 80% dos boletins de voto e 59% dos eleitores terem comparecido às urnas. O resultado “é irreversível”, declarou.
Na China, o porta-voz da diplomacia chinesa Lin Jian, em conferência de imprensa disse: “A China felicita a Venezuela pelo sucesso das suas eleições presidenciais e felicita o Presidente Maduro pela sua reeleição”.
“A China está disposta a enriquecer a parceria estratégica [com a Venezuela] e a fazer com que os povos dos dois países beneficiem desta”, acrescentou.
Pequim mantém boas relações com o Presidente venezuelano, que está isolado na cena internacional, e é um dos principais credores do país latino-americano, cujo produto interno bruto caiu 80%, em 10 anos, devido a uma grave crise económica.
A Venezuela almeja o apoio da China para reanimar a sua economia, que foi atingida por uma das piores taxas de inflação do mundo.
Em setembro, durante uma reunião em Pequim com Nicolás Maduro, o Presidente chinês, Xi Jinping, elevou as relações entre a China e a Venezuela ao seu mais alto nível protocolar.
Vários países já felicitaram Maduro pela vitória, como Nicarágua, Cuba, China e Irão, mas outros demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela além de Portugal, como Espanha e Estados Unidos.
O Irão e a Nicarágua felicitaram hoje o Presidente cessante Nicolás Maduro pela vitória nas presidenciais de domingo na Venezuela. “Felicitamos o povo e o governo da Venezuela pela realização bem-sucedida das eleições presidenciais neste país, bem como o Presidente eleito do povo venezuelano”, escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, na rede social X (antigo Twitter).
A realização destas eleições indica “a institucionalização do processo democrático”, apesar de “algumas ameaças e sanções cruéis e injustas impostas à Venezuela”, acrescentou, na mesma mensagem.
Também o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e a mulher e vice-Presidente, Rosario Murillo, felicitaram o “querido camarada e irmão Nicolás” pela vitória nas presidenciais.
O Presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, disse ter telefonado ao homólogo, Nicolas Maduro para o felicitar pelo “histórico triunfo eleitoral” nas presidenciais de domingo.
“Falei com o meu irmão Nicolas Maduro para o felicitar calorosamente em nome do partido, do governo e do povo cubano pelo histórico triunfo eleitoral alcançado”, disse o chefe de Estado cubano, país tradicional aliado da Venezuela.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou que o Presidente cessante Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos.
Maduro obteve 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%), de acordo com os números oficiais anunciados pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso.
Lusa