Em declarações aos jornalistas no parlamento, pouco depois do ‘chumbo’ do Orçamento do Estado, Rui Rio foi questionado que data defenderia para as eleições antecipadas, que considera ser a única via para sair da crise, admitindo que as celebrações do Natal “não permitem que sejam ainda em dezembro”.
“A partir daí tem de ser o mais rapidamente possível, de acordo com o que o Presidente da República disse”, afirmou.
Questionado sobre as justificações do chefe de Estado para receber Paulo Rangel – seu adversário na disputa interna à liderança do PSD, que tinha criticado hoje de manhã -, Rio afirmou que “obviamente que o senhor Presidente pode receber quem quer”, mas considerou que o momento em que o faz tem significado.
“O mais grave foram as notícias que saíram que, daquela reunião, terá saído o compromisso de empurrar as legislativas lá para a frente porque isso dava jeito a um dos potenciais candidatos à liderança do PSD e isso é que não é aceitável”, afirmou.
E acrescentou: “Se o Presidente entretanto disse, não sei se disse, que isso não é verdade, que não vai marcar eleições lá para segunda quinzena de janeiro só para satisfazer quem quer que seja, então ainda bem”, afirmou.
Questionado se a segunda quinzena de janeiro já seria tarde para realizar as eleições, Rio disse não querer “causar polémicas com datas”, uma vez que vai ser recebido pelo Presidente da República no sábado.
“Não pode ser já amanhã e considerando que, pelo caminho temos o Natal, não pode ser em dezembro, a partir daí deve ser o mais rapidamente possível, porque não?”, questionou.