“É inequívoco que aquele que está em melhores condições para derrotar António Costa sou eu, mal fora se assim não fosse, depois de andar a construir este caminho há quatro anos”, referiu o social-democrata, numa declaração na sede do partido, no Porto.
Rui Rio, após anunciar que abdica de fazer campanha para as diretas de 27 de novembro para se concentrar apenas nas eleições legislativas, lembrou que este seu caminho teve de ser construído, não apareceu feito em 15 dias.
“Quem foi a eleições 30, 60 ou 90 dias depois de ter chegado não teve tempo de se afirmar”, argumentou.
Falando de um percurso de mais de 40 anos na política, Rui Rio considerou que as pessoas sabem quem ele é, conhecem-no e conhecem o seu percurso.
Logo “mais importante do que andar a mostrar-se dentro do PSD” é preparar o partido para o que realmente é importante, que são as eleições legislativas, reforçou.
“Os militantes do PSD conhecem-me há muitos anos. Estão, por isso, capazes de avaliar quem é que, neste momento, tem melhores condições para derrotar António Costa e ser o novo primeiro-ministro de Portugal”, acentuou.
O social-democrata aproveitou ainda para reafirmar que considera “totalmente desadequado” que o PSD tenha antecipado o seu congresso para antes das próximas eleições legislativas.
Entre várias razões enumeradas, Rio referiu que o mandato da atual direção do partido só termina em fevereiro e as eleições nacionais ocorrem antes, ou seja, em janeiro.
Além disso, lembrou a “vantagem enorme” que o PSD dá ao PS que, não estando em disputas internas, pode desde já fazer a sua campanha eleitoral junto dos portugueses, enquanto o PSD se “guerreia internamente”.
O Conselho Nacional no PSD aprovou no sábado a marcação de eleições diretas para escolher o próximo presidente do partido para 27 de novembro e o Congresso para os dias 17, 18 e 19 de dezembro.