De acordo com o mapa oficial com o resultado das eleições legislativas regionais da Madeira, que se realizaram em 26 de maio, entre os 47 mandatos a atribuir, o PSD elegeu 19 deputados, o Partido Socialista (PS) 11, o Juntos Pelo Povo (JPP) nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) e o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) elegeram um deputado cada.
Dos 254.522 eleitores inscritos para a eleição dos deputados para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, houve 135.917 votantes (53,40%) e a taxa de abstenção foi de 46,60%.
Entre os votantes, há registo de 133.124 votos validamente expressos (97,95%), 2.181 nulos (1,60%) e 612 votos em branco (0,45%).
Nestas eleições antecipadas participaram 14 candidaturas, das quais sete não conseguiram eleger deputados, nomeadamente Bloco de Esquerda (BE), Coligação Democrática Unitária (CDU), Partido Trabalhista Português (PTP), Livre (L), Reagir Incluir Reciclar (RIR), Movimento Partido da Terra (MPT) e Alternativa Democrática Nacional (ADN).
Entre as sete candidaturas que conseguiriam eleger deputados, o PSD teve 49.104 votos (36,89%), o PS obteve 28.981 (21,77%), o JPP alcançou 22.959 (17,25%), o Chega arrecadou 12.562 (9,44%) e o CDS-PP 5.374 (4,04%).
Com a eleição de apenas um deputado, a IL registou 3.481 votos (2,61%) e o PAN obteve 2.531 (1,90%).
O mapa oficial indica que a CDU conseguiu 2.217 votos (1,67%), o BE teve 1.912 (1,44%), o PTP obteve 1.222 votos (0,92%), o Livre registou 905 (0,68%), o ADN captou 772 (0,58%), o MPT arrecadou 577 (0,43%) e o RIR alcançou 527 (0,40%).
Dois dias após o sufrágio, o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, ouviu todos os partidos que elegeram deputados e decidiu indigitar Miguel Albuquerque (PSD) como presidente do Governo Regional, considerando que a solução conjunta de governo apresentada pelo PS e JPP, que juntos somam 20 deputados, não teria “qualquer hipótese de ter sucesso”.
Ireneu Barreto defendeu, pelo contrário, que “a solução apresentada pelo partido mais votado, o PSD, que tem um acordo de incidência parlamentar com o CDS, e a não hostilização, em princípio, do Chega, do PAN e da IL terá todas as condições de ver o seu programa aprovado na Assembleia Legislativa”.
As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Lusa