"Neste momento, em que a guerra volta a assolar o Oriente Médio, o Qatar volta a desempenhar um papel central em prol da paz no conflito Israel-Palestina", afirmou o Presidente brasileiro.
Lula da Silva mencionou a mediação do Qatar no acordo realizado entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns.
O Governo brasileiro tem se manifestado a favor de uma solução pacífica para cessar o conflito entre Israel e o Hamas, e mantém a sua posição em defesa da solução de dois Estados para evitar novos conflitos naquela região do Médio Oriente.
Israel declarou guerra ao Hamas em 07 de outubro, após um ataque do grupo islâmico que provocou a morte de 1.200 pessoas e sequestro de mais de 240 outras em aldeias israelitas perto da Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram o grupo na Faixa de Gaza, numa guerra que provocou mais de 14 mil mortos.
A participação do Presidente brasileiro no Fórum foi o seu primeiro compromisso em Doha, capital do Qatar. Depois, Lula da Silva participou numa receção oficial como chefe de Estado e, em seguida, esteve num encontro privado com o Emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani.
Segundo um comunicado do Governo brasileiro, Lula da Silva afirmou que a passagem por Doha tem como objetivo abrir portas e construirá pontes entre o Brasil e o Qatar.
Na avaliação do governante brasileiro, este país é uma das principais portas de entrada para negócios com o Médio Oriente, além de contar com um setor empresarial interessado em investir no Brasil.
"Os empresários brasileiros acreditam no potencial do Qatar e no futuro dos seus negócios. Esse interesse encontra respaldo na forte complementaridade entre as nossas economias", disse Lula da Silva.
Como exemplo de setores em que podem acontecer parcerias e acordos, o chefe de Estado sul-americano mencionou a agricultura, infraestruturas e sustentabilidade.
Lula da Silva também defendeu que existe um amplo espaço para diversificar as relações comerciais entre os países, incluindo produtos de maior valor agregado “como autopeças [peças de veículos], produtos de defesa e aeronaves da Embraer como o C-390”.
"O Brasil também está implementando medidas de facilitação de comércio como um sistema eletrónico de validação e assinatura de documentos para operações de comércio bilateral", concluiu o Presidente brasileiro.
Lusa