"A Rússia está disposta a oferecer aos seus aliados e parceiros o armamento mais moderno, desde armas de fogo até artilharia, blindados, aviação de combate e drones", disse Putin ao inaugurar um salão internacional de armamento, o "Armia-2022", que decorre na região de Moscovo.
Putin afirmou que a Rússia tem "muitos aliados" e destacou em particular "os laços historicamente fortes, amigáveis e de confiança com os países da América Latina, Ásia e África".
Também sublinhou que esses países "não se submetem ao chamado poder hegemónico, os seus líderes mostram autêntico caráter e não se subordinam" a ninguém, já que apostam num desenvolvimento soberano e em solucionar coletivamente os problemas da segurança regional e global com base no direito internacional.
"Dessa forma, contribuem para a defesa de um mundo multipolar", referiu o Presidente russo, dirigindo-se a militares de diferentes países e na presença do ministro da Defesa, Serguei Shoigu.
O chefe do Kremlin salientou que "praticamente todo" o armamento que a Rússia quer exportar "foi utilizado repetidamente em condições reais de combate".
"Muitas dessas armas estão à frente anos ou mesmo décadas de outras idênticas de fabrico estrangeiro", assinalou, em alusão ao armamento hipersónico que, segundo Moscovo, pode superar qualquer escudo antimíssil.
Moscovo "defende o desenvolvimento de uma cooperação técnico-militar o mais ampla e multilateral possível", referiu Putin, que convidou os aliados da Rússia a participarem em manobras militares conjuntas com as forças russas.
A Rússia disse ter exportado desde o início do ano 5.400 milhões de dólares em armas e tenciona vender uma quantia semelhante no segundo semestre de 2022, numa altura em que estão em vigor sanções impostas pelo Ocidente devido à intervenção militar russa na Ucrânia, que podem atingir ainda mais a indústria de armamento, bloqueando os circuitos logísticos e financeiros.