"Sabemos que a cerimónia principal será a 03 de setembro, assim como o funeral, mas a agenda do presidente não permitirá que ele esteja lá", disse Dmitry Peskov à imprensa em Moscovo.
Peskov adiantou que Putin deslocou-se hoje ao Hospital Clínico Central em Moscovo, onde Gorbachev morreu na terça-feira, para homenageá-lo e "colocar flores junto ao seu caixão".
O porta-voz do Kremlin adiantou que na despedida a Gorbachev haverá "elementos de um funeral de Estado", incluindo uma "guarda de honra", e que estes serão organizados "com a ajuda do Estado".
A agência TASS informou que o ex-chefe de Estado vai ser enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, ao lado da mulher.
Uma das figuras políticas mais influentes do século XX, Gorbachev morreu na terça-feira aos 91 anos, quando, segundo o seu gabinete, estava em tratamento no hospital.
O antigo secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), entre 1985 e 1991, promoveu uma série de reformas que desencadearam o colapso do Estado soviético autoritário, a libertação das nações do Leste Europeu do domínio russo e o fim de décadas de confronto nuclear russo com os Estados Unidos e países ocidentais.
O legado de Gorbachev é controverso na Rússia, sendo-lhe atribuído por setores liberais o reforço das liberdades civis, nomeadamente a de expressão fortemente constrangida durante a ditadura comunista, mas ao mesmo tempo, por alguns líderes nacionalistas, decisões que levaram ao fim do império soviético.