O diplomata, de 68 anos, cessa funções simultaneamente como “representante permanente da Federação Russa junto da União Europeia e da Comunidade Europeia da Energia Atómica em Bruxelas”, segundo o decreto presidencial.
Chizhov já tinha anunciado que iria deixar o cargo e ofereceu uma receção de despedida em 08 de setembro, em Bruxelas, que foi boicotada pelos diplomatas da UE.
Na altura, segundo a publicação pan-europeia Euractiv, Chizhov fez “comentários sarcásticos” sobre a UE, mas não mencionou as questões que levaram a um mínimo histórico nas relações com a Rússia, nomeadamente a anexação da Crimeia em 2014, e a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.
“Como me disse há anos uma das figuras europeias proeminentes, a União Europeia nunca deixa de surpreender. (…) Aqueles de vós que representam países não comunitários testemunharão que a UE nunca foi um parceiro fácil para ninguém”, disse na altura.
“Já não é confortável para mim agir como um monumento vivo à parceria estratégica entre a Rússia e a UE. Não haverá regresso às relações anteriores com a União Europeia”, acrescentou, citado pela publicação grega Athens News.
Antes da sua nomeação como representante da Rússia para a UE em 2005, Chizhov foi vice-ministro dos Negócios Estrangeiros durante três anos.
Desconhece-se ainda o nome do sucessor de Chizhov, que terá de ser ratificado por cada um dos Estados-membros da UE.