Os sociais-democratas, que realizaram uma reunião do Conselho Regional em Machico, na zona leste da ilha, afirmam que o Orçamento do Estado é omisso em matérias como o financiamento do novo hospital do Funchal, as dívidas acumuladas referentes aos subsistemas de saúde ao Serviço Regional de Saúde, a redução dos juros da dívida da região ou a devolução das verbas relativas à sobretaxa do IRS.
Sérgio Marques, porta-voz do encontro, apontou "omissões na proposta do Orçamento" e assegurou que o PSD/Madeira "vai continuar a apresentar as propostas adequadas e garantir a efetivação destas legítimas aspirações dos madeirenses e porto-santenses".
O Conselho Regional vincou, por outro lado, que o executivo madeirense, liderado desde 2015 por Miguel Albuquerque, cumpriu os compromissos assumidos para os dois primeiros anos do mandato, com o equilíbrio das contas públicas e a recuperação económica e social e, agora, elaborou um orçamento regional para 2018 "profundamente comprometido" com as áreas sociais e a retoma dos investimentos públicos.
"Depois do esforço de consolidação financeira e orçamental exigido à Madeira, cumprido com sucesso e com o esforço de todos os madeirenses, é chegada a hora de a Região ser compensada, exigindo para tal que apenas sejam cumpridas aquelas que são as obrigações do Estado para com a nossa Região Autónoma", declarou o porta-voz.
Os social-democratas reconhecem, por outro lado, que não foram atingidos os objetivos eleitorais nas autárquicas de 01 de outubro, em que o partido venceu apenas em três dos onze municípios que compõem a região autónoma, embora continue a ser o partido mais votado.
"Isso não nos impede de refletir e de procurar outras formas de ação e de sensibilização políticas que permitam manter o PSD na liderança do projeto autonómico da Região", afirmou o porta-voz do Conselho Regional, vincando que este projeto de ser cada vez "mais justo, solidário e inclusivo".
LUSA