A comissão política do PS/Madeira considera necessário "adequar" o estudo apresentado pelo partido a nível nacional, que traça o cenário macroeconómico para a próxima década em Portugal, à realidade da região.
"O PS/M tem obrigação de trabalhá-lo [o estudo elaborado por um grupo de economistas, intitulado "Uma década para Portugal"] e adequá-lo a uma realidade regional, às nossas aspirações, à conformidade que esse novo paradigma devia surgir no desenvolvimento normal das nossas propostas ao longo dessa legislatura", disse o porta-voz da reunião, o presidente interino do PS/M, Ricardo Freitas.
Para o efeito, adiantou o responsável socialista insular, foi nomeada a comissão política para "aprofundar as propostas e criar as condições para um debate cada vez mais sustentado e sólido nesses processos que se avizinham".
A 21 de abril, o PS apresentou um estudo elaborador por um conjunto de economistas, intitulado "Uma década para Portugal", que traça o cenário macroeconómico para o país nos próximos quatro anos.
Nesta reunião, a comissão política regional do PS/M mandatou também o grupo parlamentar do partido na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) para tomar todas as "diligências entendidas como necessárias" no quadro da nova realidade política regional neste órgão de governo próprio do arquipélago.
Ricardo Freitas apontou que a comissão política decidiu "mandatar o grupo parlamentar para um conjunto de tomadas de posição que irão desenvolver-se" nos próximos tempos, tendo em conta que o presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, já anunciou a intenção de rever o regimento da assembleia da região, o Estatuto Político-Administrativo, a lei eleitoral, além de outras reformas.
Por isso, os socialistas consideraram ser necessário "encontrar os melhores mecanismos que deem voz à posição do PS" no parlamento insular.
"Queremos uma assembleia mais democrática, mais fiscalizada, que tenha uma capacidade de ser transparente para todas as pessoas e o PS que tem um histórico nesta reivindicação e quer acentuar e aproveitar as matérias que possam hoje ser de convergência com outras forças políticas que foram beber às antigas propostas do PS um conjunto de soluções", sublinhou.
Na sequência dos maus resultados nas eleições madeirenses de 29 de março, o presidente do PS, Victor Freitas, que encabeçou a coligação Mudança, apoiada pelo PTP, MPT e PAN, demitiu-se.
O PS/Madeira vai realizar eleições internas para 19 de maio e o congresso regional para 27 e 28 de junho.
Até ao momento foram apresentadas duas candidaturas à liderança dos socialistas madeirenses. A do atual líder parlamentar, Carlos Pereira, e a do advogado João Henrique Gonçalves.