A proposta de Orçamento Regional estabelece como desafios para o Setor Público Empresarial da Região Autónoma da Madeira o "estudo da alienação de participações sociais, nomeadamente na Cimentos Madeira, no Grupo Empresa de Eletricidade da Madeira, S.A., Via-Expresso, S.A. e Via-Litoral, S.A.".
"No caso das PPP [parcerias público-privadas], é uma aldrabice privatizar 20% de empresas que vão receber da região, até 2029, cerca de 880 milhões de euros. No caso da EEM, a privatização vai aumentar a fatura da eletricidade para as famílias e para as empresas madeirenses e porto-santenses, que o PS não aceita", observou Carlos Pereira, numa conferência de imprensa na sede do PS/Madeira, no Funchal.
"O Governo Regional há dez anos que coloca nos Orçamentos Regionais a possibilidade de privatização de algumas empresas do setor público empresarial, mas as notícias mais recentes deixam o PS preocupado e merecem a discordância dos socialistas", declarou.
Em relação à EEM, Carlos Pereira considerou que a sua privatização implicaria o aumento dos custos da eletricidade tanto para as famílias e como para as empresas.
A proposta do Orçamento Regional para 2018, no valor de 1.885 milhões de euros, é discutida entre 18 e 22 de dezembro na Assembleia Legislativa da Madeira.
LUSA