As “contradições do Governo Regional são foco de intranquilidade nas populações”, afirma o presidente dos socialistas madeirenses, Paulo Cafôfo, num comunicado divulgado na Região.
O documento foi publicado após o Presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, ter anunciado um conjunto de medidas mais restritivas devido ao aumento de casos de Covid-19 no arquipélago, que vão vigorar entre as 00:00 de quarta-feira e o dia 31 de janeiro.
“O anúncio de mais novas medidas restritivas por parte do Governo Regional são uma absoluta contradição com as mais recentes tomadas de posição públicas do próprio Governo, fazendo crescer a intranquilidade na população”, declara o líder dos socialistas da Madeira.
Entre as medidas hoje anunciadas pelo presidente do Governo da Madeira estão o recolher obrigatório de segunda a sexta-feira entre 19:00 e as 05:00 e suspensão das aulas presenciais no 3.º ciclo e no secundário.
Todos os restantes níveis de ensino – creches, jardins de infância, pré-escolar, 1.º ciclo, 2.º ciclo, ensino profissional e especial – mantêm as suas atividades de forma presencial.
O executivo insular decidiu manter o recolher obrigatório aos fins de semana entre as 18:00 e as 05:00, anunciado na semana passada.
Também todas as atividades industriais, comerciais e de serviços passam a encerrar às 18:00 durante a semana e às 17:00 nos fins de semana e feriados municipais e, na Administração Pública, é feita uma aposta no teletrabalho e na jornada contínua para reduzir o fluxo de circulação de pessoas.
“O anúncio de mais novas medidas restritivas por parte do Governo Regional são uma absoluta contradição com as mais recentes tomadas de posição públicas do próprio Governo, fazendo crescer a intranquilidade na população”, declara.
Paulo Cafôfo salienta que o presidente do Governo anuncia estas medidas "no dia em que o secretário regional de Saúde insistiu no discurso de que está tudo controlado e que não existe transmissão comunitária”, numa entrevista à agência Lusa.
As medidas também são divulgadas “poucos dias depois do presidente dizer que os estudantes não precisam de ser testados porque as escolas são o lugar mais seguro e do vice-presidente referir que o importante é a economia”, refere Paulo Cafôfo.
Paulo Cafôfo defende que Miguel Albuquerque deve “esclarecer” toda a população da Madeira “sobre esta deriva governativa de se dizer uma coisa para se fazer outra”.
O líder do PS/Madeira considera que o chefe do executivo deve explicar “o porquê de isolar-se na tomada de decisão, fechando as portas aos contributos dos parceiros sociais e oposição em temas da máxima importância para o futuro da população”.
C/Lusa