"Temos hoje, mais do que nunca, de manter a atenção e a vigilância em relação à salvaguarda dos valores democráticos", escreveu o número dois do PS na sua conta na rede social Twitter.
"Especialmente num contexto geopolítico marcado pela incerteza e por desafios globais muito exigentes, a diferentes níveis, os resultados de ontem só podem ser encarados com apreensão e preocupação", acrescenta o secretário-geral adjunto dos socialistas.
João Torres lançou este alerta dois dias depois de ter acusado o PSD de andar a “cortejar um partido de extrema-direita”, numa alusão ao apelo ao voto no vice-presidente da Assembleia da República proposto pelo Chega feito pelo líder da bancada social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento.
“O PSD fez um apelo à votação num vice-presidente à Assembleia da República num partido de extrema-direita. (…) Não podemos deixar passar em branco, porque aquilo a que assistimos esta semana na Assembleia da República foi a um cortejo do PSD a um partido de extrema-direita”, acusou João Torres, no sábado, na cerimónia de apresentação da Academia Jorge Coelho, em Mangualde.
João Torres considerou ainda que seria “muito útil para todos os portugueses perceber que tipo de estratégia ou de aliança está o PSD a tentar gizar, a tentar desenhar com um partido de extrema-direita”.
De acordo com resultados parciais das legislativas italianas de domingo, a coligação de direita e extrema-direita – liderada pelo FdI e que reúne ainda a Liga, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Italia, de Silvio Berlusconi – obteve entre 43% dos votos.
O bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Democrático, de Enrico Letta, deverá ter 26% dos votos.
O partido Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni, foi fundado em 2012 e tem raízes no Movimento Social Italiano (MSI), fundado pelos seguidores do ditador fascista Benito Mussolini.