Dos cerca de 6.000 emigrantes da Venezuela que regressaram à Madeira, mais de 4.000 estão inscritos no Sistema Regional de Saúde, apresentando o processo de nacionalização de lusodescendentes “algumas dificuldades”, alertou hoje um responsável do PSD da região.
O secretário-geral social-democrata madeirense, Rui Abreu, falava aos jornalistas após uma reunião com os responsáveis da Associação da Comunidade de Imigrantes Venezuelanos (VENECOM), destacando que a larga maioria das pessoas afetados pela “grave crise humanitária” naquele país são emigrantes da Madeira.
“Esta situação já provocou o regresso de cerca de 6.000 madeirenses à sua terra, à Madeira. Desses, 4.000 estão inscritos no Sistema Regional de Saúde”, destacou, referindo que “mais de 1.200 estão a frequentar as escolas da região”.
Falando sobre as principais dificuldades abordadas pela VENECOM, mencionou “a ocupação laboral, habitação, o processo de equivalências académicas e ainda a legalização da nacionalidade portuguesa”.
“Porque para terem direito aos apoios que qualquer madeirense tem têm que ser portugueses e ter residência na Madeira e ainda há algumas dificuldades a esse nível”, realçou.
Rui Abreu sublinhou que “o PSD e o Governo [da Madeira] do PSD estão atentos e preocupados com esta situação”, mencionando que o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, que tem a tutela da emigração, tem estado a trabalhar em conjunto com o executivo da República.
O responsável do PSD da Madeira indicou que está prevista uma nova visita à Venezuela a 06 de outubro, para “verificar ‘in loco’ toda a situação" e perceber de que forma poderão ser agilizados "alguns problemas burocráticos de pessoas que queiram regressar”.
Também considerou que face a esta situação pode haver necessidade de o Governo “reforçar verbas” ao nível da Segurança Social para a região.
“Têm sido desbloqueadas algumas”, afirmou, reforçando que o secretário de Estado das Comunidades e o secretário regional da Educação da Madeira "estão a estudar a melhor forma de ajudar”.
LUSA