Sérgio Monteiro falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, na sequência de um requerimento do PCP sobre a privatização da empresa.
A opção da privatização dos 100% da ANA “tem a ver com o contexto da necessidade, o país estava na situação que estava”, disse Sérgio Monteiro, sublinhando que havia necessidade de “maximizar o encaixe financeiro” e abater a dívida pública.
É a mesma coisa que as “contas certas”, acrescentou.
“Não acompanho o entendimento (…) que o Tribunal de Contas tem sobre o processo”, salientou.
A auditoria do Tribunal de Contas à privatização da ANA, divulgada em janeiro deste ano, concluiu que a operação não salvaguardou o interesse público, por incumprimento dos seus objetivos, como o de minimizar a exposição do Estado aos riscos de execução.
O respeito pelo Tribunal de Contas “é integral”, reforçou, mas o relatório sobre a privatização da ANA “tem erros técnicos graves” e “um conjunto de outras considerações que porventura são opiniões”, prosseguiu.
O ex-governante referiu ainda que se o número de passageiros tivesse diminuído ou se os aeroportos em Portugal tivessem ‘encolhido’ deste a privatização “isso é que era grave”.
O responsável considerou, por mais do que uma vez, que os aeroportos num país com a dimensão de Portugal não devem concorrer entre si.
A privatização da ANA ao grupo francês Vinci foi anunciada em 27 de dezembro de 2012 e concluída em setembro de 2013.
Lusa