A Rússia anunciou no sábado que estava a "suspender" a sua participação no acordo, após acusar Kiev de um ataque com drone à sua frota na Crimeia.
"Durante a reunião, o Presidente Erdogan manifestou confiança em que todas as partes cooperariam para encontrar uma solução para a questão", disse hoje a presidência através de uma declaração.
O chefe de Estado turco garantiu que tomaria "as iniciativas necessárias com todas as partes interessadas para resolver os problemas relacionados com a implementação do acordo de Istambul sobre os carregamentos de cereais", refere a declaração.
Erdogan, que tem oferecido regularmente a sua mediação entre Kiev e Moscovo desde o início do conflito, a 24 de fevereiro, disse que a resolução do acordo de exportação de cereais poderia encorajar as duas partes a regressar ao caminho das negociações de paz.
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Cavusoglu, disse que o Presidente Erdogan deveria também manter conversações com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "nos próximos dias".
"Acreditamos que vamos ultrapassar isto", acrescentou o ministro, referindo-se às dificuldades ligadas ao acordo de cereais assinado em Istambul a 19 de julho sob a égide da Turquia e da ONU, que disse "beneficiar toda a gente".
O acordo, que visa evitar uma grave crise alimentar em África envolvendo a Ucrânia e a Rússia, expira a 19 de novembro.
Permitiu a exportação de quase 10 milhões de toneladas de cereais ucranianos, que se encontram presos nos portos ucranianos desde o início do conflito.