Numa carta enviada ao presidente do executivo da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, Vasco Cordeiro (PS) "reafirmou a disponibilidade e interesse do Governo dos Açores na continuação e desenvolvimento de uma cooperação institucional frutuosa entre as duas regiões autónomas".
"Que [essa cooperação] permita contribuir para vencer os desafios comuns que se apresentam, em prol de um cada vez maior desenvolvimento e progresso dos Açores e da Madeira e do bem-estar dos nossos povos", afirma o presidente do executivo açoriano, segundo numa nota de imprensa.
Já na carta enviada ao novo presidente do parlamento da Madeira, o centrista José Manuel Rodrigues, o líder do Governo Regional dos Açores faz votos de que a nova legislatura "constitua mais um marco na consolidação e reforço da autonomia regional, sistema político que, comprovadamente, tem demonstrado ser o que melhor dá resposta aos anseios e às aspirações dos povos das regiões autónomas da Madeira e dos Açores".
De acordo com o comunicado, Vasco Cordeiro felicitou ainda todos os deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, assim como os membros do XIII Governo Regional da Madeira que agora iniciam as suas funções.
O XIII Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, tomou posse na terça-feira perante a Assembleia Legislativa, com o presidente do parlamento do arquipélago a afirmar que o executivo é agora de "um só partido", o da Madeira.
O Governo Regional é encabeçado pela segunda vez consecutiva pelo social-democrata Miguel Albuquerque, sendo ainda formado por uma vice-presidência e nove secretarias regionais, duas delas tuteladas pelo CDS-PP: a da Economia e a do Mar e Pescas.
O primeiro presidente da Assembleia Legislativa que não é do PSD, José Manuel Rodrigues (CDS-PP), considerou esta tomada de posse, no Funchal, "um momento histórico", já que, "pela primeira vez em 43 anos de autonomia e de governação própria, a maioria parlamentar é composta por dois grupos parlamentares e o Governo integra membros de dois partidos".
"A partir de hoje [terça-feira] este Governo não é de dois partidos, do PSD e do CDS. A partir de agora, este é o Governo de um só partido, o partido da Madeira", observou.
Nas eleições legislativas regionais de 22 de setembro, o PSD perdeu a maioria absoluta com que governou a região ao longo de 43 anos, elegendo 21 dos 47 deputados da Assembleia Legislativa, situação que motivou o convite ao CDS-PP para formar um governo de coligação e garantir a maioria absoluta de 24 mandatos.
O parlamento da Madeira será ainda constituído por 19 deputados do PS, três do JPP e um do PCP.
C/Lusa