O PSD tinha requerido, no dia 21, uma audição de peritos no Parlamento, considerando que a decisão sobre a manutenção ou o fim do uso de máscara "não é exclusivamente do foro político, uma vez que pode ter consequências para a saúde pública".
O país já atingiu o patamar de 85% da população com a primeira dose da vacina. Com as duas doses será "na terceira ou quarta semana" do mês. E Graça Freitas considera a medida "positiva".
"A opinião da DGS é a dos cientistas e da ciência. O risco de transmissão ao ar livre é muito menor, e com 85% da população previsivelmente vacinada com duas doses, a circulação do vírus será muito menor", admitiu a diretora-geral de Saúde, embora considere que será "de muito bom tom andar sempre com uma máscara".
Esta segunda-feira, o secretário de Estado da Saúde anunciou que "haverá uma flexibilidade dessa medida". Mas António Lacerda Sales concorda com Graça Freitas: "Estou convencido de que, de acordo com o bom senso, em momentos específicos, em aglomerados ou em ambientes mais fechados, vamos continuar a usar máscara durante o inverno".
Perante isto, antecipa o líder parlamentar dos sociais-democratas, Adão Silva:"O PSD vê com bons olhos que a atual lei não seja renovada, salvaguardando-se as recomendações da DGS".
"Defendemos a não obrigatoriedade e que se sigam as recomendações da DGS", anunciou, ontem, a bancada socialista, que tinha tido a iniciativa da última renovação. Os outros partidos já defenderam que se prossiga em direção à normalidade.
O diploma que se encontra em vigor sobre obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos foi promulgado pelo Presidente da República em 11 de junho, por um período de 90 dias.