Durante o ano de 2022, Lahore registou, em médica, 97,4 microgramas de PM 2,5 (partículas finas, com diâmetro inferior a 2,5 micrómetros) por metro cúbico, o que representa um valor mais de 10 vezes superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2021, a cidade tinha registado 86,5 microgramas por metro cúbico.
Em segundo lugar surge a cidade chinesa Hotan e, em terceiro, Bhiwandi, na Índia. A grande maioria das cidades que figuram no top 50 da lista de mais poluídas são indianas.
Ao nível dos países, o Chad, localizado no região de África Central, subiu ao topo dos mais poluídos, destronando o Bangladesh – que caiu para o quinto lugar.
No top3 da lista surgem o Iraque e o Paquistão, em segundo e terceiro lugares respetivamente.
Segundo o relatório, a Índia e o Paquistão apresentam a pior qualidade de ar nas regiões da Ásia Central e Sul. Os dois países somam perto de 60% da população que vive nesta área.
Portugal surge em 106.º lugar, com uma média de 8,1 microgramas por metro cúbico, um valor que excede em uma ou duas vezes as recomendações da OMS – a segunda categoria mais baixa da avaliação.
As OMS recomenda que a concentração anual de PM 2,5 no ar não ultrapasse as cinco microgramas por metro cúbico. Estas diretrizes foram revistas em 2021, tendo passado de 10 microgramas para cinco.
Por ano, a OMS estima que perto de sete milhões de pessoas morram prematuramente devido ao efeito combinado de poluição no exterior e no interior das casas. Mais de metade dessas mortes são registas em países em desenvolvimento.
O relatório da IQAir analisa dados de mais de 30.000 monitores da qualidade do ar, em 7.300 locais de 131 países.