O PCP afirma que nos últimos tempos tem havido um descontentamento generalizado entre os pequenos comerciantes de peixe fresco pois, muitas vezes, são confrontados com a falta de pescado no leilão da Lota do Funchal, não pela inexistência de peixe capturado, mas pelo facto do pescado ser vendido previamente a quatro unidades industriais “essas unidades compram não só a quota de pescado capturado previamente destinado à indústria, mas praticamente todo o produto, que na maior parte das vezes é utilizado para vender a preços mais elevados aos comerciantes de peixe fresco, criando assim, na prática, mais um intermediário, o que só vem onerar os custos de venda final, prejudicando os consumidores e os pequenos comerciantes de peixe fresco”.
O partido alerta também para a degradação das infraestruturas da Lota do Funchal, que diz pôr em causa a qualidade exigida para os serviços prestados aos que a ela recorrem “Com estas situações, ficam assim postos em causa não apenas o papel e as funções da Lota do Funchal, mas também os direitos dos comerciantes de peixe fresco e do consumidor final deste produto que assume especial importância para esta região insular, para a sua economia e para as suas populações”, disse o partido hoje em conferência de imprensa.
O PCP vai requerer, a realização de uma Audição Parlamentar para discutir e analisar os problemas focados, através do seu Grupo Parlamentar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.