O voto de pesar, apresentado pelos deputados sociais-democratas e socialistas madeirenses, “exprime o seu público pesar pelo falecimento de Carlos Lélis da Câmara Gonçalves, apresentando à sua família das suas mais sentidas condolências”.
“Enquanto secretário regional da Educação, [Carlos Lélis] ficou conhecido como um homem dedicado e pragmático, verdadeiro defensor da inovação pedagógica”, sustentaram os subscritores deste voto de pesar.
Carlos Lélis morreu na terça-feira, no Funchal, vítima de doença prolongada, com 90 anos.
Licenciou-se em Filologia Românica e doutorou-se em Ciências da Comunicação. Frequentou pós-graduações em Técnicas de Recolha de Dados e Investigação e em Gestão de Recursos Humanos.
De acordo com o voto de pesar, “no decurso da sua vida parlamentar empenhou-se no acompanhamento de variadíssimas matérias no âmbito das Comissões de Educação, Ciência e Cultura, História do Parlamento, entre outras.”
O executivo regional da Madeira, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, recordou Carlos Lélis como um “homem com grande currículo nas letras e nas artes”.
O social-democrata desempenhou os cargos de secretário regional da Educação e deputado na Assembleia da República nas V e VI Legislaturas, eleito pelo círculo da Madeira.
Foi também “o principal responsável madeirense na comissão da Expo 98”, leitor e professor nas universidades de Bucareste (Roménia), Clermont-Ferrand e Rennes (França), bem como membro da Comissão Instaladora do Instituto Universitário da Madeira.
Desempenhou diversos cargos nacionais na área da Educação, foi membro do Conselho nacional de Teatro e do Conselho de Programas da Televisão, presidente da Casa da Madeira em Lisboa, secretário do Conselho das Comunidades Portuguesas e diretor do Notícias da Madeira.
“Ilhas D’Invenção (1999)” e “Cem Cheques Carecas” (2003) são duas das suas obras publicadas.