Política

A CDU escolheu a Praça do Povo para o comício de celebração dos 47 anos da Revolução de Abril. Edgar Silva denuncia o roubo da esperança e fala em agravamento da injustiça social.

Uma declaração do deputado do PAN André Silva, na sessão comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril.

O Presidente da República diz que é "preciso assumir tudo" na história do país. No discurso do 25 de abril, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que é necessário "dissecar" o que houve de bom e mau na Guerra Colonial.

Os partidos de oposição, na Assembleia Municipal do Funchal, aproveitaram as comemorações do 25 de Abril para criticar a vereação liderada por Miguel Silva Gouveia.

O Presidente da Câmara Municipal diz que é preciso lutar contra os interesses instalados. Para o orador convidado da sessão comemorativa, o escultor Francisco Simões, a liberdade não é um dado adquirido.

O aumento do desemprego e da pobreza, o encerramento de empresas e o reforço da autonomia foram algumas das referências nos discursos da sessão comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia Legislativa da Madeira. A oposição pediu mais apoios e os partidos que suportam o Governo elogiaram o trabalho do executivo regional.

O 25 de Abril está a ser comemorado num tempo em que crescem as situações de injustiça social, as desigualdades e a exploração. Foi esta a ideia que o coordenador regional da CDU, Edgar Silva, transmitiu num comício que assinalou o 47.º aniversário da Revolução dos Cravos, na Praça do Povo.

O Presidente da República recordou este domingo no seu discurso do 25 de Abril o passado colonial de Portugal e pediu que se olhe para a História sem temores nem complexos, sem alimentar campanhas e combatendo intolerâncias.

A CDU assinalou, este domingo, 47.º aniversário da Revolução de Abril, na Praça do Povo. Mais de uma centena de pessoas juntou-se para ouvir Edgar Silva, coordenador regional. Durante o comício, alertou para a esperança de Abril que não se cumpriu e para a injustiça que se multiplica a cada canto.

O chefe de Estado elogiou este domingo os militares de Abril e em particular Ramalho Eanes, primeiro Presidente eleito em democracia, e defendeu que a justiça está por fazer para os antigos combatentes da guerra colonial.

A pandemia, os apoios sociais aos empresários e a importância de reforçar os valores de Abril foram as ideias principais da sessão.

O BE defendeu este domingo que o 25 de Abril ficará por cumprir cabalmente enquanto não se encarar “de frente a corrupção”, avisando que a revolta resultante deste fenómeno “é explorada por muitos para fazer crescer o seu negócio político”.

O presidente do PSD centrou este domingo a sua intervenção na sessão solene do 25 de Abril na Justiça, pedindo "vontade política e ambição" para fazer as reformas necessárias ao país e apontar caminhos a “um regime doente”.

O deputado socialista Alexandre Quintanilha afirmou este domingo que uma das lições da pandemia da Covid-19 foi a de agregar esforços para que exista um mundo mais sustentável, advertindo que ou há ajuda mútua ou a humanidade naufraga.

O PCP evocou este domingo os seis milhões de portugueses que já nasceram depois do 25 de Abril de 1974 e pediu a indignação dos portugueses contra as injustiças, as desigualdades ou a corrupção.

O Presidente da Assembleia da República apelou este domingo aos deputados dos diferentes partidos para que se ultrapassem bloqueios políticos e honrem o legado dos constituintes, sendo capazes de convergir e traduzindo em leis soluções para o país.

O deputado Pedro Morais Soares, do CDS-PP defendeu este domingo que existe um "sentimento generalizado de descrença dos portugueses" com a justiça, e defendeu que o combate à corrupção "terá de ser uma das prioridades".

O deputado único do Chega, André Ventura, considerou este domingo que, 47 anos depois da Revolução dos Cravos, Portugal é um "país de contradições" e defendeu que hoje deveria ser celebrado "o luto da democracia".

A deputada do CDS Ana Cristina Monteiro lamentou, este domingo, o tratamento dado pelo Estado às Regiões Autónomas. No seu discurso, na Assembleia Legislativa da Madeira, Ana Cristina Monteiro disse também que a comunidade emigrante tem sido esquecida pela República.

Numa sessão comemorativa, os partidos e também o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira aludiram às empresas encerradas, ao desemprego, e ao aumento das situações de pobreza.