Em declarações aos jornalistas, no parlamento, no final da aprovação final do Orçamento do Estado para 2023, Luís Montenegro escusou-se a responder à pergunta se iria ao Qatar assistir a um jogo da seleção nacional se fosse primeiro-ministro.
“O Orçamento do Estado não serve os portugueses, não vou desfocar-me dessa mensagem, se respondesse a essa pergunta perderia aquele que era o meu foco”, afirmou.
E a mensagem central que o líder do PSD deixou durante mais de dez minutos foi que “Portugal é hoje um pais claramente mais pobre do que em 2015”, dando como exemplo a notícia do semanário Expresso de hoje de que a Roménia irá ultrapassar Portugal em 2024 no ‘pib per capita’.
“Temos vindo a chegar-nos para a cauda da Europa. Portugal, em vez de estar a caminho do pelotão da frente, está numa posição de carro vassoura da Europa e a ser ciclicamente ultrapassado”, apontou.
Luís Montenegro defendeu que, “ao contrário do que diz o Governo”, existe hoje no país “uma perspetiva de desesperança, de falta de ambição e de soluções para inverter a situação”.
“Estes debates orçamentais são demasiado repetitivos, o que quer dizer que o país está sempre na mesma, nada acontece. Os portugueses gostariam, de ano para ano, ver diferentes objetivos e diferentes metas, mas passado um ano estamos no mesmo ponto”, lamentou o presidente social-democrata, que não é deputado mas hoje assistiu no seu gabinete no parlamento ao encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2023.
Lusa