“Os corpos de 27 mártires foram recuperados e também há muitos feridos”, disse o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh, citado pela agência France Presse (AFP), que frisa que esta informação não pôde ser verificada imediatamente de forma independente.
Nas imagens da AFPTV, são visíveis numerosos corpos ensanguentados caídos no chão em frente à escola, onde se refugiaram muitos deslocados da guerra em curso no Médio Oriente.
“Crianças com menos de 10 anos foram despedaçadas”, gritava uma mulher no pátio da escola enquanto outras, em lágrimas, se abraçavam para se confortarem, descreve a AFP.
Não houve comentários imediatos da agência da ONU para os refugiados palestinianos, que administra a escola.
O campo de refugiados de Jabaliya, o maior da Faixa de Gaza, já foi alvo de bombardeamentos mortíferos na terça e na quarta-feira. Segundo o governo do Hamas, 195 pessoas morreram nestes ataques, um número que não pôde igualmente ser confirmado.
A 15 quilómetros a sul de Jabaliya, no campo de refugiados de Boureij, outro bombardeamento israelita destruiu cerca de vinte casas, matando pelo menos 15 pessoas, segundo a Defesa Civil de Gaza.
“Quinze mártires foram retirados dos escombros em apenas cinco minutos após a chegada da equipa da Defesa Civil”, afirmou o serviço de resgate numa mensagem à imprensa.
"Os aviões bombardearam todo o edifício. Eu próprio fui retirado dos escombros", disse Hanane Abdelhadi, residente do campo, num vídeo da AFPTV.
Outro morador, Mohamad Karajah, segurava o seu filho de dois anos que ficou ferido no rosto. “A casa desabou sobre nós, mais de 20 casas ficaram reduzidas a escombros”, afirmou o homem de 27 anos.
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, 9.061 pessoas, incluindo 3.760 crianças, foram mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel, desencadeada pelo ataque sangrento do Hamas em 7 de outubro em solo israelita.
Estados Unidos e Israel contestam a veracidade dos números do Hamas, que consideram empolados para fins propagandísticos.
Cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, foram mortas neste ataque, o mais mortal desde a criação do Estado de Israel em 1948. O Hamas mantém ainda mais de 200 reféns em Gaza.