O anúncio, feito pelo presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, e pelo comissário para a Saúde, Ashwin Vasan, apontou que até 150 mil residentes podem estar em risco de infeção.
A declaração permitirá às autoridades emitirem ordens de emergência e alterarem as disposições do código de saúde para implementar medidas que apoiem a limitação da propagação.
“Este surto deve ser enfrentado com urgência, ação e recursos, tanto nacional como globalmente, e esta declaração de emergência de saúde pública reflete a gravidade do momento”, lê-se ainda no comunicado de Eric Adams e Ashwin Vasan.
Na sexta-feira, o estado de Nova Iorque já tinha declarado estado de emergência na sequência de um aumento de casos nos últimos dias.
De acordo com essa declaração, assinada pela governadora democrata Kathy Hochul, o estado totalizava cerca de 1.400 infeções.
Mais de 18.000 casos de Monkeypox foram detetados em todo o mundo desde o início de maio passado, fora das áreas endémicas de África.
A doença foi relatada em 78 países até agora e 70% dos casos estão concentrados na Europa e 25% nas Américas, disse o responsável da OMS.
A DGS aconselha as pessoas que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, a procurar aconselhamento médico e a evitarem contacto físico direto.
A vacina contra a varíola, assim como antivirais e a imunoglobulina ‘vaccinia’ (VIG), podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox, uma doença rara.
A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação – daí o nome "Monkeypox" ("monkey" significa macaco e "pox" varíola).