Numa breve declaração em Jerusalém, Netanyahu insistiu que a ANP, que governa pequenas partes da Cisjordânia ocupada, não controlará Gaza após a guerra.
“Como prometi, no dia seguinte à guerra em Gaza não haverá Hamas nem Autoridade Palestiniana. Estou comprometido com o plano do presidente dos Estados Unidos, Trump, para criar uma Gaza diferente”, acrescentou, frisando que o plano pós-guerra incluirá a deslocação dos 2,4 milhões de habitantes do território palestiniano.
A mensagem surge no mesmo dia em que Netanyahu deverá reunir o gabinete de segurança do seu governo para discutir a segunda fase do acordo de cessar-fogo, que deveria ter começado a ser negociado no início de fevereiro, e que libertaria os restantes reféns vivos na Faixa e lançaria as bases para um fim definitivo da guerra.
Domingo, a Sky News Arabia afirmou que o Hamas estava pronto para entregar o controlo da Faixa de Gaza à ANP, depois de o Egito ter pressionado o grupo a aprovar a criação de um comité temporário para supervisionar a reconstrução do enclave, um dos pontos-chave do cessar-fogo.
Israel, por seu lado, insiste também há meses que não aceitará que o Hamas continue a governar Gaza, mas a ANP também não, pois era a escolha preferida do antigo Presidente norte-americano Joe Biden para assumir o controlo do enclave.
Na noite de domingo, Netanyahu já tinha reiterado o seu compromisso com o plano de Trump para expulsar os palestinianos de Gaza, após um encontro em Jerusalém com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
“Estamos empenhados em objetivos comuns. Não só a libertação dos reféns, a eliminação do Hamas e, claro, garantir que Gaza nunca mais será uma ameaça para Israel, mas também o plano do presidente [dos Estados Unidos] que diz que haverá uma Gaza completamente diferente”, afirmou Netanyahu durante uma reunião do seu governo.
Lusa