"Foi designado um porto para o Sea Watch. Depois da situação a bordo piorar e da evacuação urgente de uma pessoa, o nosso navio teve que declarar estado de necessidade. Finalmente, as autoridades italianas designaram um porto: Reggio Calabria", escreve a Organização Não Governamental nas redes sociais.
O Sea Watch declarou estado de necessidade após 10 pedidos de porto seguro e após avisar que seria forçado a atracar mesmo que não tivesse autorização.
Atualmente, há quase 900 migrantes no mar à espera que a Itália conceda um porto, já que Malta não permite que navios humanitários atraquem nos seus portos.
O último resgate ocorreu na quinta-feira quando o Open Arms Uno, o novo navio humanitário da ONG espanhola com o mesmo nome, resgatou 19 pessoas que estavam à deriva no Mediterrâneo Central e revelou que uma mulher tinha morrido durante a travessia ao cair à água.
Após quatro resgates, o navio SOS Humanity navega com outros 415 migrantes "que precisam urgentemente de um porto seguro. Quase metade (192) tem menos de 18 anos, incluindo 113 menores desacompanhados. Alguns resgatados têm ferimentos", segundo a ONG.
Este ano cerca de 62.000 migrantes já chegaram às costas italianas, em comparação com 40 mil no mesmo período de 2021, segundo dados do Ministério do Interior.