Nas anteriores legislativas regionais, em 2015, as 12 candidaturas concorrentes enviaram ao Tribunal Constitucional (TC) orçamentos para as campanhas totalizando mais de 1,6 milhões de euros.
Em relação ao próximo ato eleitoral na região (22 de setembro), de acordo com os orçamentos publicados na página da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos do TC, o total das despesas nas campanhas eleitorais atinge 1.306.444,96 euros.
A candidatura do Partido Socialista (PS) encabeça a lista das despesas, com 370 mil euros.
Os socialistas incluem neste valor 120 mil euros para propaganda, comunicação imprensa e digital, 111.200 para comícios e espetáculos e 90.500 na conceção da campanha, agências de comunicação e estudos de mercado, entre outras despesas.
No outro extremo está o MPT, que entregou uma previsão de gastos a zero, tendo o cabeça de lista, Válter Rodrigues, declarado à agência Lusa que o partido se recusa “a gastar o dinheiro dos contribuintes”.
“Fala-se em baixar impostos, este é um primeiro passo, passando a poupar nas campanhas e com os candidatos”, acrescentou.
No seu entender, “as pessoas já estão esclarecidas o suficiente com tantas notícias, nos jornais, rádios e televisão, mensagens nas redes sociais que não é necessário gastar dinheiro com espetáculos e em tanto papelinho pelo chão que só serve para sujar e fazer porcaria”.
No segundo lugar da lista dos que mais vão gastar na campanha eleitoral surge o PSD, que orçamentou 360 mil euros, indicando que vai despender 98.800 euros em estruturas, cartazes e telas, reservar uma verba de 83.200 para comícios e espetáculos, além de brindes e outras ofertas (65.000), propaganda, comunicação imprensa e digital (62.400).
Depois surgem o Aliança, partido que se estreia neste ato eleitoral e que apontou para gastos de 140 mil euros, a CDU (PCP/PEV), que perspetiva investir 110 mil, e o CDS (100 mil).
Na lista aparecem em seguida o JPP, que no seu orçamento inscreveu 81.500 euros, o BE, que indicou gastos de 62.150 euros, e o PTP, que totaliza 30 mil euros.
O PDR tem um orçamento de 17 mil euros e o PAN de 11.677, enquanto o CHEGA e o PCTP/MRPP pretendem investir, cada um, 10 mil euros na divulgação dos respetivos programas.
Os valores mais baixos foram apresentados por partidos que também concorrem pela primeira vez numas regionais, tendo a Iniciativa Liberal estimado gastar dois mil euros, o PURP mil e o RIR 817 euros. O PNR indicou despesas de 300 euros.
Nas eleições regionais de 2015, o PSD foi o partido mais votado, segurando a maioria absoluta – que detém há mais de 40 anos no parlamento da Madeira – por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
O PSD obteve 56.569 votos (44,3%), seguindo-se o CDS, que teve 17.489 (13,71%) e com sete deputados se tornou no maior partido da oposição.
A coligação Mudança (PS, PTP, PAN, MPT) reuniu 14.574 votos (11,43%) e elegeu seis deputados. Depois o projeto desfez-se na Assembleia da Madeira e a coligação ficou com cinco lugares, os mesmos do que o JPP, partido que se estreou nessas eleições e teve 13.114 votos.
Face a esta situação, o PTP passou a desenvolver o seu projeto com um deputado.
A CDU (PCP/PEV) e o BE asseguraram dois deputados cada e o PND, partido que depois foi extinto, também teve um lugar, passando o deputado a independente no resto da legislatura.