Na apresentação da sua candidatura à presidência do PSD na sede nacional, o antigo líder parlamentar defendeu que o partido tem de se modernizar e ter novos temas, considerando que “a dispersão dos votos no centro-direita mostra que há lugar para novos discursos e narrativas”.
“Esse espaço é por natureza do PSD. O PSD é o incumbente do espaço não socialista e tem de voltar a ser a casa-mãe de todas as tendências não socialistas”, afirmou.
Na sua intervenção, de cerca de vinte minutos, Montenegro disse não se assustar com a perspetiva de uma longa travessia na oposição.
“Não nos assustam maiorias absolutas nem mandatos longos. Pelo contrário, encaramos isso como um desafio e um incentivo para nos organizarmos melhor, para sermos responsáveis e mais criativos”, disse.
Num discurso com muitas críticas à governação socialista, o antigo deputado defendeu que Portugal precisa “mais do que nunca de uma oposição atenta e implacável com os desvios” do executivo e “pronta a governar a qualquer momento”.
“Como muito bem lembrou o Presidente da República, um cenário de eleições antecipadas será inevitável caso o primeiro-ministro ceda à sua ambição pessoal e europeísta”, alertou.