Nessa audição na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Paulo Rangel será igualmente ouvido sobre o acordo militar celebrado entre a Rússia e São Tomé e Príncipe, uma vez que este país integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Segundo Paulo Pisco (PS), a ida de Paulo Rangel à comissão devido ao acordo que envolve São Tomé e Príncipe foi requerida pela Iniciativa Liberal, mas os partidos concordaram em que o ministro seria ouvido no mesmo dia sobre este tema e as alterações aos vistos CPLP.
O requerimento dos socialistas sobre os vistos CPLP surgiu após a notícia da Lusa sobre as alterações que o Governo pretende aplicar, nomeadamente exigir a garantia de subsistência a quem entrar em Portugal.
De acordo com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, a entrada em Portugal de imigrantes da CPLP vai ser “mais exigente”.
No visto para a procura de trabalho, “a pessoa vai ter de demonstrar que tem condições para subsistir em Portugal enquanto andar à procura de trabalho”, disse.
Para o PS, trata-se de “uma matéria central” da política externa e que “pode ter implicações no funcionamento da CPLP e na relação entre os seus Estados-membros”.
No requerimento a solicitar a ida de Rangel ao Parlamento, os socialistas consideram que o anúncio feito pelo Governo foi “pouco esclarecedor quanto às suas implicações” e por isso querem que Paulo Rangel preste esclarecimentos “com a máxima urgência” no parlamento “para que se possa aferir em toda a sua extensão as consequências do que foi anunciado”.
Lusa